História
Serra da Canastra: porque a cachoeira chama Casca D’anta
Por que a maior queda do rio São Francisco, com 186 metros, a cachoeira Casca D’anta, na Serra da Canastra, no Centro-Oeste de Minas Gerais, recebe esse nome? Por conta de uma árvore homônima (Drimys brasiliensis). Em entrevista ao g1, a doutora em Botânica pela USP de Ribeirão Preto (SP) Carolina Ferreira explica que a espécie assim ficou conhecida pelas antas – o maior mamífero brasileiro – se esfregarem em seu tronco.
‘Podem por vezes mordê-lo, por conta das propriedades medicinais presentes na casca da árvore. Relatos em artigos e sites mostram que elas fazem isso para aliviar cólicas e diarreias e também para curar ferimentos superficiais’.
A altura da árvore pode chegar a 27 metros, com 50 centímetros de diâmetro no tronco. São cerca de 8 gêneros e 70 espécies, pertencendo à família Winteraceae, predominante no Hemisfério Sul. ‘Se desenvolve melhor em ambientes sombreados ou de luz difusa’, revela. Considerada substituta da pimenta-do-reino. Para a saúde, utilizada para tratamento de úlcera, malária, problemas respiratórias e dores em geral. Também conhecida como ‘casca de Winter’, nome de um dos tenentes de Sir Francis Drake, navegador britânico que se refugiou no Estreito de Magalhães para tratar sua tripulação que sofria de escorbuto.